Todo homem tem o seu limite.
É um clichê que você já deve ter ouvido por aí.
Acredito que esse limite é menor na medida em que a gente se distancia da gente mesmo.
Se você está centrado, vivendo com sinceridade sua vida, esse limite se estende.
Sua resiliência é maior quando se vive com paixão e propósito.
Mas se leva nas coxas, se contenta com um arremedo de vida, distante do que a voz surda da sua alma grita, então o seu limite se impõe.
Você se apequena.
Vive à margem do seu potencial, seja qual for ele.
Às vezes sentimos que a rotina poderia ser melhor.
Muitas vezes a angústia toma conta num dia ensolarado.
As gargalhadas em torno não nos atingem, ainda que a vida esteja ótima, que não tenhamos nada pra reclamar.
Não temos?
Bom, não é pra reclamar, mesmo.
A vida é uma coisa boa e a metade cheia do copo é o que conta.
Estou apenas atentando para aquela parte da vida que precisa ser melhor observada, pra se fazer dela algo especial.
A parte metafísica.
Aquilo que é nosso propósito, que se não explica nossa existência, justifica mais do que salários, bens materiais, elogios e indulgências.
É o propósito de ser nós mesmos em qualquer circunstância, de não abrirmos mão do que nos faz bem.
Um compromisso que precisa ser reafirmado todos os dias, para que o monstro do vazio não nos engula.
Por isso o trabalho - sim, o trabalho - de nos descobrir é incessante, a auto investigação nunca termina.
Porque não tem prioridade maior do que viver em conformidade com nossa essência, do que fazer da vida um reflexo da nossa consciência mais pura.
Não abra mão dos seus valores, crenças, vontades, motivações.
Diga não à ditatura do mercado, das aparências, dos jogos das relações humanas.
Siga o seu próprio juízo, sem medo ou culpa.
O que faz brilhar seus olhos não é o brilhareco fugaz do sucesso.
É a sua chama.
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