quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

Segura o rojão

Dizem que 2016 será terrivel, economia em frangalhos e com pouca capacidade de reação por causa da inflação, crise política e mercado de commodities desfavorável.
Entendo pouco de política, mas os anos me fizeram entender um pouco essa ânsia premonitória que nos possui nos últimas dias do ano.
Nada como o penúltimo dia para passar a limpo os pecados cometidos e os que deixamos de cometer no ano que está nos finalmentes.
Acho até que essa necessidade de fazer o flash back é maior do que tentar prever qualquer coisa pro ano que vem.
Inclusive porque brasileiro está escaldado de falar em crise, mesmo com a estabilização da moeda, que parecia mais sólida do que infelizmente constantamos agora.
O fantasma da inflacão voltou, o que aterroriza os economistas, mas pra mim parece filme de terror velho assistido em sessão da tarde, regado a pipoca e refrigerante.
Pouco me interessa a mensagem dos cavaleiros do apocalipse da economia, porque sempre contei mais com meu esforço do que com qualquer conjuntura favorável.
Não é desânimo nem falta de esperança.
O planejamento para um ano que se inicia é válido, disciplina é algo que funciona.
Mas prefiro pensar no tempo, embora um ano corresponda a uma volta do planeta, como uma convenção, um jeito de pensar e organizar nossos atos, prazos, metas.
Então se o tempo é uma reta contínua, prefiro pensar que ando sobre essa linha contínua indefinidamente até o último dos meus dias, sem um tic-tac irritante fazendo eco nos meus dias de vazio.
Que venham a crise, a inflação, as expectativas, as incertezas, os medos.
Tudo isso não é exclusividade de ano novo, é coisa do dia a dia.
No fim tudo não passa da aventura de consciências querendo achar seu lugar de conforto no mundo.
Mas no fundo sabendo que esse lugar é impossível de ser encontrado.




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