Começo de ano é um bom momento pra falar de liberdade.
Ainda estamos sob o efeito do recesso das festas, que para alguns deve ter sido mais reabilitador do que para mim, que não saltei ondinhas - embora não possa reclamar da boa estadia em um hotel tipo fazenda.
Mas voltando à liberdade, acabo de ver um video do Baumann onde ele fala da grande meta humana que jamais foi alcançada, a de combinar liberdade com segurança.
Pois, segundo Baumann, se há liberdade, não há segurança. E vice-versa.
O video me foi enviado pelo colega Rodrigo, que durante o café pós almoço falava da liberdade dentro do relacionamento amoroso, que se torna uma assunto recorrente em conversa sobre casais.
Liberdade dentro de um relacionamento é algo difícil, quase utópico.
Mas e no restante da vida, existe a tal liberdade?
Em outra frase, "O preço da liberdade é a eterna vigilância", que até poderia ser ilustrada com a foto deste post, o autor sugere que liberdade é possível com vigilância. E vigilância 24 horas por dia.
Ora, se temos que nos vigiar e aos outros, ao mundo ao nosso redor, que raio de liberdade é essa?
Mais fácil é aceitar a premissa de que liberdade e segurança são mutuamente exclusivos até prova em contrário.
Começo de ano carrega a carga emocional perfeita para devaneios como este, sobre assuntos como liberdade.
Há uma expectativa, e toda expectativa é exagerada, sobre nossas aspirações para os próximos meses, e para um coroa como eu, é doce sonhar com uma independência, ao menos financeira, do malfadado "sistema".
Então, se não posso prometer a mim mesmo grandes realizações, ao menos prometo-me os melhores sonhos.
Que as 365 noites sejam embaladas pelos mais ternos sonhos de liberdade.
Amém.
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