Poesia, como diria uma professora, é o sentimento que exala da leitura do poema.
Que é algo único para cada pessoa, quando não é simplesmente nulo.
Mas embora venha da literatura, o conceito poético se expandiu, atravessou fronteiras, e hoje se aplica a qualquer manifestação do cotidiano, onde se confunde com o conceito romântico.
Assim um lago parado pode inspirar tanta poesia quanto uma caixa d'água, embora o primeiro tenha mais vocação para tal.
Ao mesmo tempo que a poesia se torna um gênero pré-histórico, sendo pouco lido e exercitado, contraditoriamente a humanidade carece de mais olhar poético.
Nosso olhar está nublado pela aspereza do cotidiano, das buscas pelo poder e conforto material.
De dentro do carro, nosso olhar ultimamente está voltado, pela ordem, para a tela do celular, o pára-brisa, e por último, a vida.
A foto acima ilustra bem isso.
A percepção inocente e desanuviada da criança de dentro do carro consegue enxergar seu par do lado de fora, sem as barreiras do preconceito impostas pelo medo.
E nisso reside a poesia do momento.
A imprevisibilidade de uma interação, que deveria ser natural, a nos pegar, os adultos receosos, de calças curtas.
Nos lembrando que encurtar distâncias, ao contrário do que manda o boxe, pode não ser perigoso, ao contrário, reconfortante.
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