Fui uma dessas pessoas que acreditavam que o sucesso iria justificar todo e qualquer esforço.
Por isso me deixei "institucionalizar".
Acreditei nas palavras dos mestres sem questionar sua humanidade.
Abracei causas que se disfarçavam de vitais.
Me deixei levar pela crença de um grupo que se auto-congratulava com mimos no ego.
Me encerrei na matrix, como diria um amigo.
Uma matrix da qual meu coração tentou vários telefonemas para escapar.
Mas do outro lado só havia uma criança surda e tola.
Essa criança se lambuzou com promessas que inventou pra si mesma.
Que um dia ia ser famoso, querido, admirado, nem que fosse pelos motivos errados.
E que importavam os motivos, na época?
Tudo que um coelhinho acuado quer é sair de sua toca.
E pra isso, ele inventa várias cenourinhas.
Mas um dia você percebe que os troféus são de latão.
Que o sucesso é uma invenção do homem.
E você quer voltar e puxar a orelha daquele que comprou a idéia.
São poucos os que sobrevivem jovens.
A maioria está muito confusa para se não deixar levar pelos conselhos sensatos.
Seja isso, seja aquilo.
Busque o conforto e a segurança.
É o instinto prevalecendo sobre a vontade da alma.
Só que a alma encarcerada nunca definha.
A subjugação só a fortalece.
E um dia seus tentáculos irão alcançar e abrir a fechadura.
Para libertar aquele que você se esqueceu de ser.
De novo, as tentações farão vigília para recrutá-lo.
Mas será inócuo.
Ser livre era sua única ambição.
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