sábado, 13 de dezembro de 2014

Fiction show

Durante anos ouvi frases do tipo,
"O sonho é a parte mais importante da realidade", de um publicitário;
"As pessoas querem ilusão", de um amigo;
"A imaginação é mais importante que o conhecimento", de um famoso físico que colocava a língua pra fora.
Mas como sou de formação matemática, demorei a enxergar que muitas respostas, inclusive para a vida, estão no 2+2=5 da ficção.
Você pode não perceber, mas vive de ficção.
Somos personagens de uma grande matrix que se chama vida, e cada um faz seu filme como quer, com cenários, personagens e trilha sonora próprios.
O chato é que minha mente compartimentada demorou a entender que na prática ficção e realidade não fazem diferença.
E eu demorei a colocar em prática o plano de viver de ficção.
Ou melhor, viver minha própria ficção inventada.
Porque se você deixar, pode viver a ficção dos outros.
Os outros querem que você seja ator coadjuvante das histórias deles.
Querem que você seja a escada para eles alcançarem seu Oscar pessoal.
Então ou você decide que vai viver o papel escrito pelo seu destino, ou acaba sendo figurante, mero cenário dos outros.
É fácil perceber isso, é só se observar.
Aquele que se acomodou nas ondas do destino, leva no rosto a expressão da pasmaceira ou do entusiamo coletivo induzido, típico da coerção da sociedade.
Já quem decidiu comprar a briga da independência traz a lucidez em sua aura.
A determinação de quem conquistou sua auto-consciência.
O discernimento entre o que soma e subtrai.
E principalmente, olhos por onde se entrevê uma chama interna incessante.
Desde que eu decidi viver minha verdadeira história, tudo melhorou.

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