segunda-feira, 18 de julho de 2016

A arte de se bancar

Eu sempre admirei pessoas empreendedoras.
Embora nem sempre sejam gente de trato fácil, os empreendedores fascinam porque têm coragem.
A audácia de dizer "não" ao comodismo de depender dos outros, de não entregar seu destino a uma carteira assinada.
Ok, tenho alguns parentes e conhecidos que nasceram para isso, e por só fazerem isso se tornam meio intragáveis.
É que de um modo geral aqueles que bancam sua própria empresa também têm a virtude ou defeito de bancar veementemente sua própria opinião, e às vezes isso soa a chatice.
Mas vendo o conceito empreendedorismo de forma mais ampla, não apenas ao mundo das empresas, podemos enxegar pessoas que possuem esse espírito de independência aplicado a outras áreas da vida.
Há os empreendedores sentimentais, pessoas que bancam sua própria felicidade amorosa.
Existem os empreendedores de aventuras, aqueles que não titubeiam em mudar a rota de suas vidas quando novos ventos sopram para outra direção.
Há os empreendedores de relacionamentos, capazes de atrair e manter pessoas interessantes à sua volta.
Ou seja, para mim o conceito de empreender genericamente falando diz respeito à capacidade de fazer acontecer seja o que for.
E nesse ponto todos nós deveríamos ser empreendedores, porque a vida é algo que se contrói todos os dias, arriscando, acertando, fazendo imensas cagadas, revendo e refazendo tudo de novo.
O empreendedorismo têm que ser a mola-mestra da nossa tomada de atitude em todas as frentes da vida, sob risco de não acontecer nada, de deixar nossa reserva de realização estagnada no campo do potencial.
E convenhamos, a vida é muito curta para não transformar nossos poucos anos em uma extensa folha corrida, que no final nos faça merecer uma placa de prata imaginária de melhor funcionário de nós mesmos.

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