Quem já arrumou as malas com destino à Bahia sabe que tem que deixar a pressa em casa.
O baiano funciona em fuso horário distinto, exclusivo dele, nada de horário de Brasília e muito menos de São Paulo.
Uma vez fui cair na besteira de apressar uma baiana no preparo de um acarajé e fui desdenhosamente ignorado.
Deve ter levado uns bons 40 minutos até o quitute solicitado ir parar nas minhas famintas mãos e nem estava tão maravilhoso assim. Mas depois de tanta espera, virou o manjar dos orixás.
Ainda no assunto pontualidade, existe uma anedota em que, numa barraquinha na Bahia à beira-mar, um paulista pede um suco de laranja sem açúcar a um garçom. Depois de muita reclamação, ele chega com o suco 1 hora depois e ainda com uma espessa camada de açúcar no fundo do copo. Mas ao esboçar uma reclamação de que havia pedido o suco sem açúcar, o paulista é imediatamente retrucado pelo baiano com um singelo "mexa, não".
Isso tudo é pra dizer que definitivamente o paulista é um povo que não sabe relaxar. E eu sou prova disso, ao escrever este post diretamente do meu quarto nesse resort de Porto Seguro.
Como disse o blogueiro e turista profissional Ricardo Freire, paulista tira férias pra ficar estressado.
Concordo em gênero, número e 35 graus à sombra.
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