Quando estiver se sentindo o centro das atenções, mesmo que o centro da sua própria atenção, convém pegar um avião.
Lá de cima, dá para enxergar as coisas em perspectiva.
E perceber que somos minúsculos, formiguinhas digladiando insensatamente com nossas vidinhas, com nossa inexorável imortalidade.
De cima um grande latifundiário é dono de apenas um terreninho.
Um grande empresário é rei de um pequenino conglomerado.
O mais inflado dos egos não ocupa espaço nenhum.
Somos o que somos, pequenas consciências enclausuradas em corpinhos de formigas, achando que carregamos o mundo nas costas.
Por outro lado, ao ver o mundo de cima alguns bons sentimentos podem aflorar.
Podemos ver o quanto o planeta é bonito e precisa ser preservado.
Podemos imaginar o mundo de possibilidades que nos aguarda assim que decidimos que não cabemos mais em nossa vidinha.
Podemos querer abraçar o mundo, mesmo que em suaves prestações.
Porque mesmo na condição de formiguinhas, podemos carregar um grãozinho por vez, até construirmos nosso castelo particular de conquistas.
E não importa o tamanho desse castelo, ele só tem que ser suficientemente grande para quem importa: você.
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