Todos nós sabemos quando chega o fim.
No amor, na profissão, em uma etapa da vida, o fim dá sinais de sua proximidade, ainda que não queiremos admití-lo, ainda que seja difícil a transição.
Mas para suavizar o impacto da mudança, fingimos ignorá-lo ou esperamos até que o fim nos dê a rasteira definitiva, que em geral é dolorida e melancólica.
Então por que não exercermos o direito de antecipar esse fim?
Antes que a monotonia nos embote, antes que o prolongar da enfermidade nos tire o brilho de um recomeço antecipado, ainda com o vigor da alma jovem.
Porque temos mais eus dentro de nós mesmos do que reza a cartilha do homem médio.
Como um círculo, somos dotados de arestas infinitas, inexploradas e potencialmente capazes de circunscrever meio mundo.
Então abracemos a mudança quando elas nos abrir os braços.
E que quando a incerteza nos lançar seu olhar de pavor, que consigamos devolver um sorriso desafiante, com a força revigorada da esperança, da vontade de sobrepujar os degraus iniciais da próxima montanha de desafios.
Porque só passamos de fase, o jogo ainda não acabou.
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