quinta-feira, 21 de julho de 2016

O terror é aqui

Com a Olimpíada batendo à porta, natural que o assunto violência venha à tona.
Uma sucessão de ataques terroristas pelo mundo nos últimos meses, em diversos países, levanta a suspeita de que enfim um país neutro como o Brasil pode ser palco de mais um ato do terror.
Mas assim como a ameaça da Zika, que tem sido usada como desculpa por vários atletas profissionais para cair fora da Olimpíada, a ameaça terrorista rende mais repercussão lá fora do que aqui dentro.
Por aqui sempre mantivemos uma luzinha de alerta contra vários tipos de ameaça no dia a dia.
O treinamento anti-terror dos militares decerto é diferenciado do que usamos, por exemplo, contra o tráfico de drogas. Mas na prática o terrorista não é menos ameaçador do que o traficante.
Porém, como nós brasileiros nunca queremos ficar para trás - tanto que fizemos de tudo para trazer Copa e Olimpíada para cá - um ataque terrorista enfim nos incluiria nos problemas do primeiro mundo, confirmando nossa ascenção no cenário global.
Ok, é brincadeira de mau gosto, até porque de violência já chega o produto nacional.
Como se não bastasse sair de casa com medo de assaltos, sequestros, balas perdidas, só faltava termos que pensar duas vezes antes de jogar algo nas lixeiras do metrô.
Ou desconfiar de mochilas carregadas por barbudos com cara de árabe.
Rezo para que que na Rio 2016 não aconteça nem fumaça de qualquer ator terrorista.
Melhor a gente ficar com nossos próprios bandidos, que ceifam muito mais vidas do que os de fora, mas com cuja ameaça estamos acostumados e já temos algumas defesas.
Ou não temos?

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