Numa determinada época da minha vida, me interessei por livros de carreira.
Era uma espécie de auto-ajuda disfarçada, que me ajudava a definir rumos.
Mas um autor que não aconselhava profissionais, mas sim empresas, me chamou a atenção: Peter Drucker.
Em seu auge, Peter Drucker enfileirava sucessos nas listas de best-sellers e embora não me interessasse especificamente por admnistração de empresas, achei que deveria estar falando algo relevante.
De fato, pesquisando agora na internet, descubro que foi considerado "o pai da admnistração moderna, o mais reconhecido pensador sobre os efeitos da globalização na economia e organizações" (wikipedia).
Bom, mas para mim o que dele mais me chamou a atenção foi seu próprio plano de carreira: estudar um assunto profundamente a cada 5 anos, até o dia de sua morte.
Esses assuntos não eram específicos sobre gestão e sim genéricos, como arte oriental.
E Peter Drucker seguiu à risca sua diretriz, se tornando uma espécie de "generalista especialista".
Hoje, pensando na velocidade com que a informação se expande e se distribui pelo mundo, talvez seja impensável que alguém com apenas 5 anos de estudo acumule tudo sobre um assunto.
Mas Peter Drucker deu voz a muitos generalistas como eu, que acredita que a vida é muito longa e ampla para se restringir a um ou dois interesses.
Se um gênio como Leonardo Da Vinci deixou um legado que vai das artes plásticas às mais malucas invenções, em parte é porque não teve um plano de carreira único.
Peter Drucker fez o mesmo vários séculos depois, mesmo que só para se divertir.
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