quarta-feira, 15 de junho de 2016

Sobre Florian Aupetit

Uma atmosfera que pode ser de sonho, contemplação, ternura, apocalipse.
Mas sempre de muita beleza.
Esse é o universo retratado pelo francês Florian Aupetit, um ilustrador talentoso.
Admiro artistas plásticos por vários motivos.
Fico encantado pela pinceladas vigorosas de um Van Gogh.
Sou atraído pela melancolia de um Edward Hopper.
E não consigo entender como o estilo caótico do Pollock consegue ser tão harmonioso.
Assim como o bom gosto do trabalho do Florian Aupetit me fisgou de imediato.
Às vezes ele pode ser terno como uma fábula.
Outras sombrio como uma tragédia.
Imagens que de tão contemplativas nos hipnotizam e nos transportam para dentro da cena, como deve ser a arte.
Me fazem lembrar um grande paisagista que admiro, o alemão Caspar David Friedrich, como se Aupetit fosse uma versão "wallpaper" dele.
A arte me faz querer enxergar a vida como ela dever ser vista: pelo seu aspecto mais belo, mesmo que subjacente à aparente crueza, feiúra, insipidez.
É isso que são os quadros, janelas de sonho que rasgam a monotonia da parede e funcionam como rota de fuga do tédio.
Pintores, escultores, músicos, escritores, cineastas, arquitetos, designers, dramaturgos, chefs de cozinha.
A humanidade assim é chamada por causa deles.

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