Vou relatar esse caso para elucidar como às vezes um rótulo é injusto.
Judith era uma mulher linda, absolutamente sedutora, um furor sexual em forma de gente.
Claro que ela sabia usar seus predicados a seu favor, como o faria qualquer mulher que tivesse dotes similares.
Mas no caso de Judith, ela o fazia como consolo por não conseguir preencher a grande lacuna de sua vida: um relacionamento.
Porque o contato amoroso com essa mulher continha um poder inexplicável pela ciência, que a tornava uma mulher literalmente fatal.
Judith sabia de seu poder maléfico involuntário, assim como seus parceiros também eram cientes, mas não abdicava de um flerte pela esperança de encontrar um amor imune ao seu coração.
Mas invariavelmente ela levava seus parceiros a óbito, de causa mortis que ia de um simples beijo ao sexo nas mais variadas formas.
Só que por isso não era incriminada, porque por mais urgente que o sexo casual possa ser, ela sempre assegurava sua inocência através de um documento assinado pelo parceiro, consentindo com a possibilidade de uma noite de amor mortífero.
Ora, alguns podem acusá-la pela sua frieza, quando ela se preocupava com minúcias de auto-proteção em meio ao fogo ardente da paixão.
Mas qual autoridade seria insensível a ponto de negar a uma mulher, ainda mais desse porte, o direito a encontrar, depois de tantas mortes, o amor de sua vida?
Por isso, qual não foi a surpresa de todos quando Olivo, um rapaz com aparência esquálida, que se imaginaria sendo partido ao meio pela voracidade do mulherão, fosse o primeiro a sair ileso daquela noite épica.
É que preferindo as práticas sodomitas sob a penumbra, Judith não percebeu que fora penetrada por um eloquente cinturão de borracha preta, manobrado por aquele projeto de macho que também atendia por Lucila.
Judith, que até então se enquadrava na classe de moças educadas para serem mães, viu um universo inteiro se abrir quando amanheceu aninhada com Lucila, com aquele ar sexy de garotinho marrento.
E tão represado estava seu coração por tantos anos de decepção amorosa que Judith não se rogou em adotar a poligamia como prática urgente, atraindo para sua cama 3,4 até 5 meninas ao mesmo tempo.
Sem claro, abdicar de seu primeiro e único amor.
Mais uma grande mulher que perdemos para elas.
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