Dizem que as mulheres gostam mais dos cafajestes.
De certa forma não dá para negar que alguém que não temos não palma da mão, homem ou mulher, é mais sedutor.
Tão sedutor que o cinema se esmerou em criar personagens marcantes do tipo, que enlouqueceram seus pares no set e principalmente, as platéias.
James Dean, Jean Paul Belmondo, Marlon Brando, foram alguns dos atores que imprimiram veracidade a papéis de homens desajustados, malditos, mas encantadores.
Mas o charme desses bad boys não resistia ao acender da luzes, e todos iam pra casa sabendo que era tudo mentirinha.
Hoje em dia, quando as redes sociais fazem de nós todos personagens do dia-a-dia, ficou mais difícil discernir percepção de realidade.
Há quem faça pose de bad boy sem nunca ter sido.
Há quem passe por santo sendo um autêntico bad boy.
Não importa.
Uma vez que o que conta é a sua imagem, o que se debate também é o que você parece ser e não o que você é.
E o julgamento sobre o que parecemos ser, dentro de um forum tão aberto como é a internet, abriu margem para o radicalismo.
No caso das celebridades, é preciso tomar muito cuidado para que um simples comentário descuidado não vire alvo de polêmica, como a imprensa adora.
Um Neymar, por exemplo, é sempre criticado quando posta imagens dele curtindo as baladas com amigos e mulheres.
Se dentro de campo seu rendimento ou o do time não vai bem, logo se atribui a esse comportamento "irresponsável".
Não porque outros jogadores não farreiem, mas porque Neymar não faz questão de esconder.
Se Neymar é bad boy? Acho que não.
É só um rapaz de origem humilde que está aproveitando a fama e o dinheiro.
Sua imagem de bad boy, se é que ela existe, é um papel que ele desempenha na mídia, até porque isso lhe rende exposição e consequentemente, outros ganhos.
Mas na minha percepcão o bad boy de verdade não se mostra, se insinua.
As pessoas falam dele, apesar de não fazer questão de parecer um.
E nem precisa, todo mundo reconhece.
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