segunda-feira, 20 de junho de 2016

Quadro a quadro

O que fazer quando você tem uma idéia blockbuster sem ter o orçamento correspondente?
Faça uma graphic novel.
A graphic novel, literalmente um romance gráfico, é uma evolução da tradicional história em quadrinhos.
Mais sofisticada e ambiciosa, já é considerada arte por muitos, permitindo o casamento bem sucedido entre ilustradores e escritores que enfileiram sucessos editoriais.
Minha experiência com HQs é ainda incipiente, mas do que li consigo vislumbrar infinitas possibilidades para uma narrativa.
O projeto de uma HQ é parecido com a confecção de livro, com a diferença do talento de um grande ilustrador.
O mercado, embora seja de nicho, é fiel e teoricamente consome com mais do o de livros, pois uma HQ leva poucas horas para ser lida.
A linguagem, que se utiliza inclusive de tomadas de câmera de cinema, aceita todo tipo de história. Até por questões técnicas, é mais difícil transpor o universo da HQ para o cinema do que o contrário.
As HQS podem não ter o alcance do cinema e da TV e nem o prestígio da literatura.
Mas como meio de expressão tem um potencial imenso para revelar novos talentos da narrativa, escrevendo ou desenhando.
Dispensa orçamentos robustos, dor de cabeça de produção, ego de atores e diretores.
E quando nas mãos de um leitor, soa tão grandiosa quanto o mais ruidoso dos blockbusters.
Com a vantagem de que o efeito sonoro é só um splash com uma onomatopéia.

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