No dia em que a melhor geração do futebol chileno conquista o bi-campeonato da Copa América derrotando Messi e companhia, há que se refletir sobre os vencedores.
Seria uma coincidência que a melhor fase do futebol chileno (a Copa América 2015 foi seu primeiro título da história) coroe o esplendor econômico que o país vive nos últimos 20 anos?
Pois hoje o nosso vizinho é uma exceção na América do Sul, sendo considerado um "país rico", desenvolvido, clube com que a pobre Argentina chegou a flertar e sucumbiu.
É que mesmo com um histórico parecido com seus pares da sulamérica - economia baseada em recursos naturais, governos populistas e instituições frágeis - o Chile mudou o curso de seu destino com uma fórmula simples e eficaz: a liberdade econômica.
Ou seja, quanto menos interferência do governo na economia e na vida das pessoas, mais prosperidade.
Não resta dúvida de que é esse o fator decisivo do seu desenvolvimento, já que ocupa o 7º e o 10º lugares nos dois principais índices de liberdade econômica (Brasil está em 100º e 105º lugares), além da 37ª posição em facilidade de fazer negócios (Brasil apenas no 121º lugar).
Sem saber se a eficiência da confederação chilena de futebol faz juz ao bom futebol apresentado dentro de campo, mas considerando que num país onde se reduz o poder das instituições dirigentes como um todo, tende-se a uma maior eficiência da máquina, arrisco a afirmar que as glórias futebolísticas chilenas é um produto desse novo Chile for export.
Porque se não há nenhum grande craque na seleção chilena, pelo menos há senso de conjunto, um crença de que com organização as coisas podem dar certo.
Até construir uma ilha de excelência dentro do malfadado atraso latino-americano.
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