O título do post é só provocativo.
Carol é um filme pra quem gosta de cinema, feito por gente grande.
Ele fala de minorias oprimidas, no caso um relacionamento entre mulheres na década de 50, que logicamente sofre dificuldades para acontecer.
A temática é essa, o resto são os detalhes que constroem uma trama bem amarrada, onde a abordagem comedida do tema e o bom gosto tornam Carol um filme agradável de se ver.
Logicamente a história só tem graça porque se passa numa época onde o amor gay era tratado como aberração.
Não que hoje ainda não seja visto com preconceito, mas aqueles eram tempos de precursores da emancipação.
Um dos méritos do filme é não abordar o relacionamento de forma caricata.
Tudo é feito com a delicadeza que o contexto pede, onde a aproximação entre as personagens se dá de forma natural e num ritmo paulatino, porque uma das mulheres é casada e está em crise conjugal enquanto a outra tateia uma novidade.
Por fim, o filme vale a pena por Cate Blanchet.
Consagrada em Hollywood sem nunca ter sido exatamente a mulher fatal, Cate construiu uma carreira sólida com atuações consistentes.
Nesse filme, ela dá um toque de classe não só pela elegância natural, mas por imprimir na tela uma personagem forte como pode ser uma mulher dos anos 50, ainda em conflito com suas escolhas numa sociedade preconceituosa.
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